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Uso de grafeno pode tornar internet 100 vezes mais rápida

Imagem mostra grafeno laminado de alta pureza Foto: EFE

O uso do grafeno em telecomunicações pode acelerar drasticamente as velocidades de internet em até 100 vezes, de acordo com uma nova pesquisa feita por cientistas do Departamento de Física da Universidade de Bath, na Inglaterra. Em um artigo publicado na Physical Review Letters, os cientistas demonstraram pela primeira vez taxas de resposta ópticas extremamente curtas usando o grafeno, o que poderia abrir o caminho para uma revolução nas telecomunicações.

 

Todos os dias, uma grande quantidade de informação é transmitida e processada através de dispositivos optoeletrônicos como fibra óptica e laser. Os sinais são enviados por fótons com comprimentos de onda infravermelhos e processados ​​usando switches ópticos, que convertem os sinais em uma série de impulsos de luz.

 

Normalmente, esses switches respondem a uma taxa de alguns picossegundos – cerca de um trilionésimo de segundo. Os cientistas da Universidade de Bath observaram que a taxa de resposta de um switch óptico que usa uma pequena camada de grafeno fica em torno de uma centena de femtosegundos – cerca de uma centena de vezes mais rápido do que os materiais atuais.

 

Conhecido como o “material do futuro”, o grafeno não deixa de assombrar a comunidade científica e tecnológica por causa de suas incríveis propriedades e infinidade de aplicações potenciais.

 

Acrescentado a outros compostos, como matéria-prima principal ou como componente de novos processos de laboratório e produção, o grafeno possibilitará, entre muitas outras coisas: fabricar filtros que separarão o sal da água duas ou três vezes mais rápido que as dessalinizadoras atuais, assim como obter combustíveis que permitirão que os aviões alcancem maiores velocidades, otimizando o funcionamento do motor e reduzindo o consumo e a poluição ao meio ambiente. Além disso, o grafeno é 100 vezes mais eficaz como condutor elétrico que o silício e mais forte que o diamante.

 

O material é um alótropo do carbono, ou seja, uma das formas divergentes que procede desse elemento químico, como o carvão e o diamante. Curiosamente sua descoberta vem da década de 30, mas se prestou pouca atenção nele, dado que se pensava que era um material instável termodinamicamente.

 

Só depois das descobertas dos cientistas Konstantin Novoselov e Andre Geim, que conseguiram isolar o material à temperatura ambiente, ganhou a importância que tem agora. Em 2010, os pesquisadores de nacionalidade russa receberam o Prêmio Nobel de Física por seus trabalhos com o grafeno.

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